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terça-feira, 12 de abril de 2011

Estas mãos que Deus me deu são tudo menos meigas

Quase já destrui a agenda que a minha E. me deu no sábado. Quase a  destrui de tanto a ler. Folha para a frente, folha para trás, abrir mais e mais para ver os cantos. Ler e reler e pumba, com estas mãos que tenho, grandes e desastradas as folhas descolam, uma a uma, parecendo folhas de uma árvore de outono. Hoje parei aqui:

« tenho inveja de si, senhor silva, porque eu tenho trinta e um anos e estou para aqui solteiro. Já não vou a  tempo de ter cinquenta anos de uma grande paixão».

Ora bolas Valter, porquê ser assim tão bom e conseguires assim ler o que me vai na alma para depois escreveres e expores-me, assim, ao mundo?

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