Páginas

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rabbit Hole

Ontem foi dia de ver o filme Rabbit Hole. Um drama familiar e um tema que há muito me interessa: como consegue, ou não, um casal superar a morte de um filho? As culpas, o desgaste da dor, as saudades, a memória, a casa que conta tempos idos, o isolamento... Dois seres que vivem um luto de forma distinta: um necessita de prazer carnal o outro nem ouvir tal coisa; um que deseja ter outro filho e o outro que nega terminantemente tal acontecimento; um que se isola, outro que necessita de sociabilizar. Como se reencontrar depois da morte de um filho? Fez-me lembrar um livro que li de uma penada só «Sem ti, Inês» onde Ana Granja descreve o primeiro ano de luto pela sua filha Inês. Como se segue em frente? Seguindo. Por fim vem-me sempre à memória uma frase da minha mãe: diz-se que se morre de desgosto, mas se se morresse de tal, nenhum pai sobrevivia à morte de um filho.
Pois não, pois não.

Sem comentários:

Enviar um comentário