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terça-feira, 14 de junho de 2011

Afinal os homens crescem em casa

A minha prima tem 40 anos, embora não pareça. E desde os 19 anos que não lhe conheço namorados. Vive num vai e vem monótono, entre casa e trabalho apenas oscilando com uma gata que resolveu adotar vai para dois anos. Não tem facebook, nem email, a não ser o do trabalho. Nem computador tem em casa. Lê romances de cordel e todos os dias entra no comboio à mesma hora, sai na estação que deve sair, caminha durante 15 minutos até ao trabalho. Trabalha e volta a casa e sempre, sempre de olhos postos no chão. Ela é pequenina e parece mais mirrada ainda. Vai-se queixando que gostava de encontrar alguém, um homem, um companheiro. Mas a minha prima não janta fora, não sai à noite e não conhece ninguém novo desde a última vez que entrou para o trabalho que hoje possui, ou seja há 16 anos. Quando se queixa à minha pessoa eu digo-lhe que tem de sair, tem de criar uma conta no facebook, que tem de participar nas festas da empresa porque os homens não crescem em casa de uma pessoa. Ela vai dizendo que sabe disso tudo mas age como não sabendo. Já toda a família tinha perdido as esperanças que a C conseguisse arranjar alguém, porque ‘eles não crescem em casa’ até que me ligou feliz e contente. Tinha um namorado. Um tipo ‘meigo, muito meigo’, feio, portanto, achei eu. E como? Como conseguiu ela conhecer o tipo? Fácil, cresceu em casa, quando lá teve de ir arranjar a TV por Cabo. Afinal eu estava errada.

1 comentário:

  1. Convem que fales com esse namorado da tua prima e o informes que a partir de certa altura as mulheres são como aqueles remédios,que, apesar ainda estarem no tempo de validade ,precisam de ser mexidos antes de usados.Ou então ela que avise previamente,embora, por norma, as mulheres apareçam sem livro de instruções.
    JMC.

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