A V casou e foi um casamento, no mínimo, comovente. Ele viveu apaixonado por ela. Assistiu aos diversos namoros da V e esperou. De cada vez que uma paixão acabava ele tinha um soslaio de esperança até que morria quando sabia que ela arranjara outro namorado. E foi assim durante anos e anos. E esperou. Esperou até que ela o viu. Descobriu-o e apaixonou-se. No sábado perguntei a ele:
- Admiro-te por nunca teres desistido de a teres.
- Desistir dela era desistir de mim. É como se eu só fizesse sentido com ela ao meu lado. Simples, Frida.
Pois, simples. Simples e doloroso. Por isso, ninguém achou estranho quando o padre os declarou homem e mulher e ele em vez de a beijar lhe tenha dado um abraço forte. Forte e lento. Forte e sentido de tal forma que não a queria largar. E todos, de lágrimas nos olhos, batemos palmas rasgando ao meio o silêncio de uma igreja.
Porque um abraço vale mais que mil beijos.
Ás vezes.Depende do abraço e dos beijos!
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