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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O sentido do Fim de Julian Barnes

Há muito que um livro não me fascinava desta maneira. Lê-se de duas penadas, principalmente se estivermos de férias e conseguirmos aproveitar as sestas da criança para o devorar. Foi o que fiz. Soberbamente escrito. Ficou-me na memória a frase:« Em novos imaginamos um futuro, em velhos criamos um passado». É um livro que fala sobre o que fica na cabeça do que vivemos. Será que alteramos aquilo que a memória retem? E por que nos lembramos de umas coisas e outras somem-se para, um dia, sem mais nem porquê, regressarem. Foi o passado exatamente como o lembramos? E isto misturado com uma história de um homem que não soube amar, que não soube gerir sentimentos das mulheres que passaram na sua vida e que só se descobriu e as descobriu na reta final da sua vida. Um grande livro, sem dúvida, tão grande que custou-me a pegar no «Diz-me quem sou» da Julia Navarro, porque queria que O Sentido do Fim ficasse mais tempo a navegar na minha cabeça. Mas as férias têm um fim e tenho de aproveitar estas horas em que consigo fugir do mundo para ler. E se me custou pegar no livro da Julia Navarro agora não o consigo deixar... como diz o meu irmão, que já o leu:« é um dos melhores dos ultimos anos». Quanto a isso eu (ainda) não sei, até porque vamos tendo gostos distintos e sabemos que o meu irmão não teve os melhores 'ultimos anos da vida' e isso pode ter-lhe descontrolado o gosto e o pensamento... ou talvez não. Depois direi alguma coisa.

2 comentários:

  1. É sem dúvida uma excelente obra. Com este livro Barnes prova que um livro pequeno pode ser uma grande obra.

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  2. Caro Tiago, concordo plenamente. É um pequeno grande livro

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