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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Este post nem titulo tem


Ontem, à hora do jantar, a crise entrou-me em casa. Falava dela, questionava-a, preocupava-me, escrevia-a, mas ainda não a tinha sentido na pele. É assim um género de medo misturado com um calafrio na espinha. A possibilidade de ir viver para o estrangeiro foi colocada em cima da mesa. Os motivos foram-me explicados e eu ia contrapondo até que me calei. Poderei sair de Portugal e isso chocou-me. É como se aqueles artigos que leio de malta que vai viver para fora e os vou apreendendo com alguma leviandade de quem diz: eu fazia o mesmo. Claro que têm de lutar pela sua vida. Não custa assim tanto… e depois chega essa possibilidade e vemos que afinal nada é assim tão simples. Nada. E como diz a E ‘não tenho alma de emigrante’. Tenho de imigrante. Vim de Trás-os-Montes para Lisboa e seria capaz de ir de Lisboa para outra terra (a custo), mas sair de Portugal, bem, é difícil até só de pensar. Mas é uma hipótese em cima da mesa tão real como estava a minha salada de feijão-frade com ovos cozidos.

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