Os caminhos que trilho para
chegar a algum lado são, muitas vezes, estranhos senão completamente desprovidos
de racionalidade.
Precisava de inspiração para
fazer um texto. A coisa não saía ou o que saía não me satisfazia. Vai daí
resolvi ir à Bulhosa, tomar um café e pegar num livro sobre o tema. Chegada lá,
nada de saber de livros do tema, não senhor, porque os meus olhos bateram de
frente com o novo livro da Nigella
Lawson com o sugestivo nome
Prazeres Divinos (epahhhh). Peguei no livro e estive a salivar durante aquela
horinha. Tivesse recebido o subsídio de Natal (aquele que é anticonstitucional retirar
mas que retiraram) e o livro já estaria na minha posse, assim, fiquei ali a ver
esta e aquela receita e a pensar que um dia destes tenho de o comprar. Saí de
lá sem ler nada a respeito daquilo que tenho de escrever. Se calhar é por isso
que em vez de estar a escrever o que tenho de escrever, estou aqui a dizer
estas coisas e explicar-vos que vou ser uma velha amorosa, cheia de artroses e próteses,
mas capaz de fazer o melhor chá das cinco acompanhado dos bolos mais incríveis
que possam imaginar. E no entretanto, lembrei-me de uma frase que li no livro
sobre os afetos e o Natal e pensei que era por aqui que eu queria ir no texto
que tenho de fazer. Afinal a inspiração veio. Afinal sei procurar no sítio
certo a influência para aquilo que tenho de fazer. Fico sempre impressionada
com a ligação que a nossa cabeça faz entre um assunto e outro, porque como
dizia um antigo professor da faculdade: o conhecimento não é uma ilha, mas sim
um mundo cheio de possibilidades e ligações.
Eu gosto quando as minhas
ligações se fazem através da arte de se cozinhar, principalmente de chefs que
eu gosto e a Nigella, com aquele ar saudável protuberante só pode
entusiasmar as células cerebrais a funcionarem sem parar
Querida Frida, sei que soa a um grande mentiredo, mas hoje tb passei o meu momento de café a folhear o mesmo livro!! :=)
ResponderEliminarE já agora, vê o texto que escrevi ontem...coincidências!! :=)
:) sabes que não há coincidencias! Que delicioso (esta palavra encaixa-se perfeitamente nestes nossos post). Eu li-te e adorei porque nunca me vi como avó e com o teu post imaginei-me avó, a avó do mesmo bolo, sempre a abarrotar de paciência e cheia de vontade de ver meus netos sujos de tudo o que traz felicidade. Foi com o teu post que esta imagem entrou em mim como uma lapa. Dela falarei um dia destes. Obrigada pela inspiração, minha querida, obrigada ( a vida leva muita gente, mas traz outras pessoas quando menos esperamos)
ResponderEliminarVejo-te como uma avó assim, tal e qual! :=)
ResponderEliminarEu é que te agradeço a presença nos últimos tempos. A vida tem destas coisas...muito boas. Obrigada.