Páginas

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

à procura de inspiração enquanto salivo


Os caminhos que trilho para chegar a algum lado são, muitas vezes, estranhos senão completamente desprovidos de racionalidade.

Precisava de inspiração para fazer um texto. A coisa não saía ou o que saía não me satisfazia. Vai daí resolvi ir à Bulhosa, tomar um café e pegar num livro sobre o tema. Chegada lá, nada de saber de livros do tema, não senhor, porque os meus olhos bateram de frente com o novo livro da Nigella  Lawson  com o sugestivo nome Prazeres Divinos (epahhhh). Peguei no livro e estive a salivar durante aquela horinha. Tivesse recebido o subsídio de Natal (aquele que é anticonstitucional retirar mas que retiraram) e o livro já estaria na minha posse, assim, fiquei ali a ver esta e aquela receita e a pensar que um dia destes tenho de o comprar. Saí de lá sem ler nada a respeito daquilo que tenho de escrever. Se calhar é por isso que em vez de estar a escrever o que tenho de escrever, estou aqui a dizer estas coisas e explicar-vos que vou ser uma velha amorosa, cheia de artroses e próteses, mas capaz de fazer o melhor chá das cinco acompanhado dos bolos mais incríveis que possam imaginar. E no entretanto, lembrei-me de uma frase que li no livro sobre os afetos e o Natal e pensei que era por aqui que eu queria ir no texto que tenho de fazer. Afinal a inspiração veio. Afinal sei procurar no sítio certo a influência para aquilo que tenho de fazer. Fico sempre impressionada com a ligação que a nossa cabeça faz entre um assunto e outro, porque como dizia um antigo professor da faculdade: o conhecimento não é uma ilha, mas sim um mundo cheio de possibilidades e ligações.

Eu gosto quando as minhas ligações se fazem através da arte de se cozinhar, principalmente de chefs que eu gosto e a Nigella, com aquele ar saudável protuberante só pode entusiasmar as células cerebrais a funcionarem sem parar
 
 
 

3 comentários:

  1. Querida Frida, sei que soa a um grande mentiredo, mas hoje tb passei o meu momento de café a folhear o mesmo livro!! :=)

    E já agora, vê o texto que escrevi ontem...coincidências!! :=)

    ResponderEliminar
  2. :) sabes que não há coincidencias! Que delicioso (esta palavra encaixa-se perfeitamente nestes nossos post). Eu li-te e adorei porque nunca me vi como avó e com o teu post imaginei-me avó, a avó do mesmo bolo, sempre a abarrotar de paciência e cheia de vontade de ver meus netos sujos de tudo o que traz felicidade. Foi com o teu post que esta imagem entrou em mim como uma lapa. Dela falarei um dia destes. Obrigada pela inspiração, minha querida, obrigada ( a vida leva muita gente, mas traz outras pessoas quando menos esperamos)

    ResponderEliminar
  3. Vejo-te como uma avó assim, tal e qual! :=)
    Eu é que te agradeço a presença nos últimos tempos. A vida tem destas coisas...muito boas. Obrigada.

    ResponderEliminar