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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

a minha triste lição de hoje


O meu telefone deu o pifo. Só se aguenta ligado à bateria, o meu fofo mais lindo. Tira-se da bateria e morre de sincope dois segundos e meio depois. Pelos pontos da Vodafone posso trocá-lo em Março. Março. Ou seja, terei de andar três meses com um arcaico, onde não posso aceder ao facebook, ao whatsApp, aos meus mails, à informação de tempo (sim, porque visto-me mediante o que o meu telemóvel me diz do tempo), aos meus jogos, ao som do meu despertador... Gosto de rever as fotos da minha filha e os vídeos nele. Em reuniões chatas, fico-me a ver sms trocadas e desligo-me. Tenho nele os meus números, a minha agenda… vá, quase que tenho nele a minha vida e o sacana resolveu fintar-me. Agora tenho de colocar o cartão num mixuruca que nada vale. Uma coisa miserável e feia. Indigna de mim. A minha foto e da minha filha na ecra é de tão boa qualidade que parecemos marroquinas depois de uma fuga pelo deserto.E estava neste embalo triste e furioso, neste tumulto interno quando a minha mãe me telefona e diz que a minha queria tia H, que eu simplesmente adoro, está com um cancro. Fiquei por segundos a pensar como pode um telefone arruinar-me o dia, quando outras pessoas têm a vida arruinada?!  Não pode, simplesmente não pode…

Esta foi a minha dura lição de hoje. A minha triste lição de hoje.

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