O meu telefone deu o pifo. Só
se aguenta ligado à bateria, o meu fofo mais lindo. Tira-se da bateria e morre
de sincope dois segundos e meio depois. Pelos pontos da Vodafone posso trocá-lo
em Março. Março. Ou seja, terei de andar três meses com um arcaico, onde não
posso aceder ao facebook, ao whatsApp, aos meus mails, à informação de tempo (sim,
porque visto-me mediante o que o meu telemóvel me diz do tempo), aos meus
jogos, ao som do meu despertador... Gosto de rever as fotos da minha filha e os
vídeos nele. Em reuniões chatas, fico-me a ver sms trocadas e desligo-me. Tenho
nele os meus números, a minha agenda… vá, quase que tenho nele a minha vida e o
sacana resolveu fintar-me. Agora tenho de colocar o cartão num mixuruca que
nada vale. Uma coisa miserável e feia. Indigna de mim. A minha foto e da minha filha na ecra é de tão boa qualidade que parecemos marroquinas depois de uma fuga pelo deserto.E estava neste embalo
triste e furioso, neste tumulto interno quando a minha mãe me telefona e diz
que a minha queria tia H, que eu simplesmente adoro, está com um cancro. Fiquei
por segundos a pensar como pode um telefone arruinar-me o dia, quando outras
pessoas têm a vida arruinada?! Não pode,
simplesmente não pode…
Esta foi a minha dura lição de
hoje. A minha triste lição de hoje.
Uma beijoca muito grande, mulher poderosa.
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