A minha sobrinha deu-me,
de prenda de natal, o livro ‘As voluptuosas receitas de miss dahl’ que eu
andava namorar há séculos. Depois
agarrei-me a ele como uma lapa. Li-o em duas noites e perante os olhares
desconfiados da minha família que me ia perguntando: mas é um livro de receitas
ou um romance?’, ou ‘ que livro de receitas é que se lê de fio a pavio?’. Mas é
que este livro vive no meio da ponte entre uma história bem contada e na
primeira pessoa, da Miss Sophie Dahl e a sua luta com o seu próprio corpo e as
suas receitas, que têm sempre uma introdução sobre como surgiram ou o que a
fazem lembrar. E depois está soberbamente bem escrito ou não fosse ela uma das
pessoas que colabora com a vogue, com a time, e uns quantos jornais. Por fim a fotografia,
cuidada e simples e simples e cuidada. Mergulha-se no livro e não o largamos. Li-o
todo e agora quero entrar nas receitas que, como um karma, seguem a minha tendência
atual: estou cada vez menos tentada pela carne e mais pelos legumes e peixe. Um
semi-vegetarianismo, como ela diz no seu livro. Não é um livro para um homem, é
um livro profundamente feminino, se calhar pelos dramas com que as mulheres
mais facilmente se confrontam, mas é mesmo assim, é o nosso universo e negá-lo era negar-nos. Este post nem é uma sugestão,
porque delas está o mundo cheio, é mais um alerta para não o deixarem escapar (especialmente mulheres que se deparam com um cú grande e umas prateleiras salientes... e barriga, e coxas... e... sei lá mais o quê que eu tenho)
Já estou em pulgas
ResponderEliminarÉ realmente excelente. Acredita. Posso emprestar-te querida e já agora BOM ANOOOOOOO
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