Não sei se é por ser mãe e estar a
viver uma fase muito maternal da minha vida, a verdade é que não me sai da
cabeça a tragedia que assolou os EUA. Leio e vejo tudo e consumo sempre com o
coração tão pequeno e apertado que dificilmente consigo conter as lágrimas.
Deixamos os filhos nas escolas e
ficamos certas que estão seguros, mas não há sítios seguros neste mundo quando
o mal tem de aparecer. Não há lugares seguros. Não há. E esse ‘não haver’
deixa-me num estado de vulnerabilidade muito grande. Meus amigos dizem que não
estou boa da cabeça; minha família diz que tenho de fazer ioga; sei lá eu o que
devo fazer? A única coisa que me surge é uma vontade louca de abraçar a minha
filha e esperar que nunca a minha vida seja abarroada com tamanha tragédia. Penso
nos miúdos e desejo que não se tenham apercebido de tamanha maldade que estava
perante eles e que no último minuto pensassem que estavam a ver vítimas de uma
brincadeira de carnaval ou qualquer coisa do género.
Queria dizer ou escrever outra coisa
qualquer, mas nada me surge para além desta dor que me tem consumido os dias.
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