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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

da tragedia nos EUA


Não sei se é por ser mãe e estar a viver uma fase muito maternal da minha vida, a verdade é que não me sai da cabeça a tragedia que assolou os EUA. Leio e vejo tudo e consumo sempre com o coração tão pequeno e apertado que dificilmente consigo conter as lágrimas.

Deixamos os filhos nas escolas e ficamos certas que estão seguros, mas não há sítios seguros neste mundo quando o mal tem de aparecer. Não há lugares seguros. Não há. E esse ‘não haver’ deixa-me num estado de vulnerabilidade muito grande. Meus amigos dizem que não estou boa da cabeça; minha família diz que tenho de fazer ioga; sei lá eu o que devo fazer? A única coisa que me surge é uma vontade louca de abraçar a minha filha e esperar que nunca a minha vida seja abarroada com tamanha tragédia. Penso nos miúdos e desejo que não se tenham apercebido de tamanha maldade que estava perante eles e que no último minuto pensassem que estavam a ver vítimas de uma brincadeira de carnaval ou qualquer coisa do género.

Queria dizer ou escrever outra coisa qualquer, mas nada me surge para além desta dor que me tem consumido os dias.  

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