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sábado, 15 de dezembro de 2012

o meu lema de vida: comer bitoque


O que tiver de ser é, mais tarde ou mais cedo. Este lema é para muita coisa na vida, mas também serve para a comida.

Ontem fui jantar com um grupo de amigos: metade pediu açorda e a outra metade pediu bitoque, eu fui para a primeira metade. Conclusão: estive a comer açorda e a olhar para o bitoque. Bitoque é uma daquelas comidas que raramente como, mas que quando se me entra na cabeça não sai de lá até consumir a vontade. Vira doença. Parece umas daquelas doenças psicóticas da malta que se apaixona perdidamente até ao exato momento em que conquistam a outra pessoa, depois, esquecem, passa tudo. Comigo é assim com o bitoque. Não há nenhum outro prato  em que me aconteça tal… talvez se aproxime a francesinha, mas uns pontos atrás, até porque se me desse na real gana de comer uma francesinha em lisboa estava, no mínimo, lixada para não utilizar uma palavra mais forte.

Bem, tudo isto para dizer que hoje, quando o meu irmão me telefonou a  dizer que ia fazer uma coisa simples e que como tal ia fazer um bitoque, estive perto do sétimo céu a ouvir anjos e arcanjos.

Feliz, a moça está satisfeita, colesterol no limite aceitável, gordura substancial e a felicidade ao rubro. Tudo por causa do bitoque.

E estou em crer que o meu bitoque de hoje foi melhor que aquele que namorei ontem.  (não sei se esperavam deste blogue alguma consideração sobre a vida, mas é mais fácil que me vejam a falar de vinhos e comidas do que assuntos mais sérios, porque os assuntos sérios fazem-me comer e beber).

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