Crazy, Stupid, Love

Este não é bem o meu género de filme. Como diz o meu amigo Nuno M., ‘só gostas de merdas meio intelectuais’. Pois sim. E com a idade, faço poucas cedências. Não perco tempo a ver filmes que não façam o meu género. Sei lá, fiquei, com a idade, manienta. Mas sábado foi dia de temporal diabólico. A minha casa parecia ir pelos ares. Achei que um painel de uma obra que decorre ao lado do meu prédio se enfiaria no meio da testa se pusesse os pés fora de casa e sendo que o único filme que tinha para ver era o Crazy, Stupid, Love, toca a vê-lo. E pronto, adorei. Na verdade, não sei se este meu ânimo todo não passa pelo facto de ter visto o Ryan Gosling semi nú, ou pelo facto de ter visto o Ryan Gosling vestido e muito bem vestido, ou pelo facto de ter visto o Ryan Gosling à bulha, ou apenas por ter visto o Ryan Gosling no engate.. não sei, sei que o filme, sem ter pretensões de grande profundidade intelectual, acaba por nos deixar a pensar no ‘e se…’.

Quem toma as relações como certas, que se acautele e quem quer acabar a sua longa relação, que se acautele. E quem pensa que nunca perdoaria uma traição, que se acautele. Na verdade, temos todos de nos acautelar. E o que é isto de ‘acautelar’? É simples: mimar e respeitar quem amamos. E quando a tristeza se abater sobre nós, em vez de irmos à procura de carne fresca, toca a metermo-nos no sofá, com uma mantinha e um filme com o Ryan Gosling e melhores dias virão.