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sábado, 5 de janeiro de 2013

Mudar enquanto se vive


De regresso a casa após o natal, as festas, o colo da mãe, o colo do pai, o mimo dos sobrinhos, a atenção da tia Palmira, as sms dos amigos, o frio do norte e do centro, os filmes que vi, os livros que li, as horas na cozinha, o dia completo com a minha filha, as idas à cama dela à noite só para a cheirar, o fim de ano, as férias. Resta-me o amanhã para depois começar tudo como no ano passado. Tudo não, que nem tudo será igual. Nunca é igual, mesmo que pensemos que assim é. Algo muda com o tempo. Não é só a pele das mãos, ou da cara, é também dentro de nós, na cabeça, no coração. Muda-se mesmo quando esperamos que não mudemos. O tempo vai colocando aqui e acolá pequenos nadas de diferença. Nem sempre notamos. Nem sempre vemos. Mas estão lá. Estão cá. E na segunda recomeço mais velha, mais madura, mais cheia de amor, mais temperada. Se depois isto, na prática, muda alguma coisa? Pois claro que não, mas basta-me isto: sentir-me mais forte.

2 comentários:

  1. Adorei o texto.
    E mais que não seja, os cafés matinais vão mudar de certeza! :=)

    Bjos e bom início de ano!

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    1. os pequenos almoços começam já amanhã.. é daqui a nada:) beijinhos e que este seja um grande ano para ti

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