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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Marisa Monte - parte 2


Antes de mais, deixem-me dizer, para começo de conversa, que adoro a Marisa Monte e acho que é das melhores interpretes não só do Brasil como do mundo. Posto isto posso dizer que já assisti a concertos melhores do que aquele a que assisti ontem.

 

A parte cénica foi sem mácula de pecado. Ela montou um concerto que os nossos olhinhos ficaram satisfeitos (posso dizer MUITO satisfeitos). Um jogo de luzes, de imagens, de arte que é impossível não ficar siderado. Mas o concerto que podia ter sido maravilhoso apenas foi muito bom. Primeiro desatou a cantar as músicas encadeadas umas nas outras coisa que eu não gosto. Se é para não falarem, se é para não interagirem com o público, eu prefiro o cd na minha sala com o meu sofá. Ela lá deve ter sentido a minha tristeza e algures entre a 5 e a 7 canção começou a falar, a explicar que música era aquela e tilálá-telélé. Aqui, e para mim, começou o concerto. E fez tudo o que era expectável: cantou bem, as músicas levam-nos ao colo e a banda é do melhor, mas estava à espera de um arrebatamento que nunca aconteceu.Creio que o ter cantado uma música em italiano que me pareceu mais próximo da Laura Pausini do que dela, talvez não ajudasse muito, e o estar um tanto ou quanto rouca também não caiu bem. E por fim, ter cantado músicas dos tribalistas quando deixou músicas dela, e absolutamente deliciosas, de fora, deixou-me assim para o desconsolada. Mas voltava lá, vinte vezes, para a ouvir. Ela vale sempre um bilhete e vale também que se enfrente o raio do frio polar que assolou Lisboa. E as opiniões valem o que valem e neste caso não valem nada. Para contrabalançar, a Eduarda e o Nuno, os meus amigos que me acompanharam, adoraram. E é por isto que o mundo não tomba. E ainda bem.

2 comentários:

  1. Também lá estive (mas a assistir pela primeira vez a um concerto de Marisa Monte) e gostei muito.
    No dia seguinte comprei o seu último CD :-)

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    1. Comparativamente gostei mais do primeiro, mas a Marisa e sempre a Marisa, ou seja, muito boa. E é impossível não nos revermos numa ou outra letra

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