Antes de mais, deixem-me dizer, para começo de conversa, que
adoro a Marisa Monte e acho que é das melhores interpretes não só do Brasil
como do mundo. Posto isto posso dizer que já assisti a concertos melhores do que
aquele a que assisti ontem.
A parte cénica foi sem mácula de pecado. Ela montou um
concerto que os nossos olhinhos ficaram satisfeitos (posso dizer MUITO
satisfeitos). Um jogo de luzes, de imagens, de arte que é impossível não ficar
siderado. Mas o concerto que podia ter sido maravilhoso apenas foi muito bom.
Primeiro desatou a cantar as músicas encadeadas umas nas outras coisa que eu
não gosto. Se é para não falarem, se é para não interagirem com o público, eu
prefiro o cd na minha sala com o meu sofá. Ela lá deve ter sentido a minha
tristeza e algures entre a 5 e a 7 canção começou a falar, a explicar que música
era aquela e tilálá-telélé. Aqui, e para mim, começou o concerto. E fez tudo o
que era expectável: cantou bem, as músicas levam-nos ao colo e a banda é do
melhor, mas estava à espera de um arrebatamento que nunca aconteceu.Creio que o
ter cantado uma música em italiano que me pareceu mais próximo da Laura Pausini
do que dela, talvez não ajudasse muito, e o estar um tanto ou quanto rouca
também não caiu bem. E por fim, ter cantado músicas dos tribalistas quando
deixou músicas dela, e absolutamente deliciosas, de fora, deixou-me assim para
o desconsolada. Mas voltava lá, vinte vezes, para a ouvir. Ela vale sempre um
bilhete e vale também que se enfrente o raio do frio polar que assolou Lisboa. E as opiniões valem
o que valem e neste caso não valem nada. Para contrabalançar, a Eduarda e o
Nuno, os meus amigos que me acompanharam, adoraram. E é por isto que o mundo não
tomba. E ainda bem.
Também lá estive (mas a assistir pela primeira vez a um concerto de Marisa Monte) e gostei muito.
ResponderEliminarNo dia seguinte comprei o seu último CD :-)
Comparativamente gostei mais do primeiro, mas a Marisa e sempre a Marisa, ou seja, muito boa. E é impossível não nos revermos numa ou outra letra
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