Páginas

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Odemira parte 1

Odemira está em obras. E Odemira não é tipicamente alentejana: aqui sobe-se e desce-se sem dó nem piedade. Trouxe umas lindas socas a pensar na planície alentejana e ao fim de uma manhã estou para lá de arrependida. Subi. Desci e desviei-me de tudo o que era buraco e maquinas em manobras. Tirando isso, Odemira está repleta de gente simpática. E come-se bem. Muito bem. Começo a gostar de estar por estas bandas. Uma transmontana no Alentejo. Percebo tanto de geografia que achava que de Odemira se via o Atlântico. Fiquei desconsolada quando não o vi. Nem chamando por ele, porque ainda são umas dezenas de quilómetros que nos distancia. E é disso que tenho pena em Odemira, que daqui não se aviste o mar azul. Já não consigo viver sem ele. Da Régua trouxe o Douro verde e serpenteante; de Oeiras vejo e cheiro o mar diariamente. Precisava dele aqui. Só por isso é que não casamos, 'Odemira, estás a ouvir, só por isso'.
Já disse que aqui come-se bem?

Sem comentários:

Enviar um comentário