Páginas

terça-feira, 4 de junho de 2013

das redes de apoio da minha filha (que eu simplesmente adoro)


A minha sobrinha quando nasceu, eu não era mãe nem pensava em sê-lo, e não sei se foi por ainda me encontrar longe da vontade maternal que aquela criança, ao chegar e ao obrigar-me a amá-la, transformou-se no meu primeiro amor maternal( e que se mantém). Digo assim porque foi, sem a mínima sombra de dúvida, o que mais perto tive de um filho. Um amor sempre maior e maior, uma constante preocupação, um desassossego quando ela vai para fora de pé (excursões ou operações de rotina, por exemplo, ou mesmo tudo o que não meta ela estar sossegada em casa), quero estar sempre informada sobre as notas, se é boa amiga, se tem os valores que me fazem acreditar no ser humano e etc. Tem sido uma tarefa fácil, porque ela é realmente uma boa miúda. Mesmo em pleno mergulho na adolescência onde é suposto que ela nos baralhe a todos, ela não o tem feito. Somos de tal forma cúmplices, que este ano vamos fazer a nossa primeira viagem a sério: vamos a Londres as duas para festejar aos seus 15 anos. Tenho conseguido ser a tia que sempre quis ser, em parte porque ela tens uns pais que me permitem tal, e porque eu nunca me quis divorciar dela. Por tudo isto, quando no sábado passado olhei para  a minha filha e a sua titi, apertou-se-me o coração. Também elas constroem o seu caminho. Um caminho que não inclui a mãe(eu), nem o pai. É um caminho delas e pelo que tenho visto, sei que vão ser grandes amigas, como sei que sou da minha sobrinha. Nunca perguntei à titi da minha filha se ela sente que a minha filha é uma espécie de filha, mas sei que é. Sei que, sem interferência, elas estão a aprender a gostar uma da outra de uma forma única. Por isso, acho importante que uma criança saiba que há vários tipos de amor à sua volta: de mãe e pai, de avós, de tios, de amigas dos pais e etc e que nada deve interferir nessas relações, mesmo quando os pais já não estão juntos. Voltando à tia da minha filha, até adivinho naquilo que ela vai ser fundamental para a minha filha e sei que haverá segredos do alto dos sete, oito ou nove anos da minha filha que só a tia saberá. E eu quero muito isso. Quero que a minha filha saiba que não tem uma rede de apoio, mas várias, muitas, e uma delas é a da ‘minha titi’, como diz o meu piolho´. É gratificante, para dizer o mínimo.
 








 

Sem comentários:

Enviar um comentário