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quarta-feira, 5 de junho de 2013

dia internacional das prostitutas (felizes)

Não sei se é por defeito de profissão ou defeito de personalidade mas adoro campanhas publicitárias e formas de levarmos alguém a 'comprar' uma ideia. E neste campo os brasileiros são bons de bola. Mas isso das campanhas é um pouco como o melhor boleiro do mundo, um dia o bolo não resultou.


 Para levarem a que as prostitutas usassem preservativos de forma  a haver um maior controlo das doenças sexualmente transmissíveis resolveram encetar uma campanha que foi para o ar dia 2 de junho, dia das prostitutas (efetivamente há dias para tudo). Mas a campanha não foi bem aceite e já há cabeças a rolar. Quem se indignou são sempre os mesmos de sempre - os conservadores, aqueles que acham que se não virem, não falarem e não escutarem, desaparecem da face da terra todos aqueles de que não gostam: putas, homossexuais, malta que aborta, enfim, por aí fora.
Eles afirmam que a campanha incita à prostituição e não ao seu fim. Bem, para mim há aqui vários equívocos. A campanha não incita ninguém, apenas afirma que há prostitutas que gostam de o ser; parece-me uma verdade absoluta. Quem questiona isso? E há taxistas que gostam de ser taxistas, picheleiros que gostam de canalizações, professores que gostam de lecionar, and so one.
Segundo, a prostituta que escolheram, ó valha-me Deus Nosso Senhor, ela não incita a nada. Parece mais a mãe de alguém que vive nas berças. A senhora até pode ser uma feliz prostituta, mas nenhum homem, (ACHO EU), quando sonha em ir às putas tem aquela senhora em mente. Parece-me pouco credível, mas se calhar estou equivocada.
Terceiro, onde é que falam do uso de preservativos em toda a campanha? A ideia é adivinharem? Pois que a coisa não funciona assim, quando a malta está de pau feito não pensa lá muito bem, fica com visões, torpeça nas ideias e até pode achar que tem o que não tem.
Efetivamente, a campanha é uma desgraça, não por aquilo que mostra, mas sim por aquilo que esconde.

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