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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

da homossexualidade e outros amores


 

Enquanto tomava o pequeno-almoço deixei a televisão no programa do Dr. Phil. O drama de hoje era a aceitação de uns pais pela homossexualidade da filha. Fico sempre espantada com este género de drama. E fico porque, para mim, o amor nunca deveria ser um dramalhão no seio daqueles que nos amam. Aqueles pais, e sei que os há espalhados pelo mundo fora, colocaram tudo em causa quando a filha lhes disse que era lésbica. Tudo. Ou seja, a miúda gosta de raparigas, que coisa do demo. Ela não estava a dizer que adora espancar velhinhos, que odiava os professores, que sonhava em colocar bombas na escola. O que ela dizia era que se apaixonara por uma rapariga. E foi um drama à escala mundial, naquela família. Eu como acho que todo o ser que ame o outro com respeito é de uma beleza quase indiscritível, fico meia muda perante estas atitudes. É-me indiferente se esse amor é de origem heterossexual, homossexual ou bissexual. Por mim, o amor em si, é sempre de se respeitar. Até se me disserem que a Ciccolina amava o cavalo com quem fez espetáculos de sexo por este mundo fora, e já agora que o cavalo gostava, tudo bem. Que sejam felizes e podem até convidar-me para ir ao casamento que eu vou. É-me absolutamente indiferente. Não me causa dois dedos de tristeza, angustia ou sensação de mundo perdido. O que me mete asco são aqueles seres que em nome de um qualquer amor, maltratam o outro, desrespeitam e deixam na valeta toda a dignidade humana. Quando em nome de um amor, diminuem o outro que dizem amar.

De resto, quando duas pessoas adultas se amam com respeito uma pela outra, quando juntas são mais que as partes, é-me indiferente se se trata de dois homens, duas mulheres ou um homem e uma mulher. E sei do que falo. Sou mãe. Tenho uma filha. E aquilo que quero, sem precisar de pensar mas apenas sentindo é que ela seja uma menina e uma mulher feliz.

4 comentários:

  1. Estou inteiramente de acordo! É o que digo sempre à minha filha!

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    1. :) no fim de tudo, o que importa é que sejam felizes, certo? beijinhos

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  2. Penso que é mesmo a nossa função maior, educar os filhos para que sejam felizes e respeitadores da vontade e da liberdade da escolha.

    É como diz, desde que o amor e o relacionamento seja pacífico, recíproco e entre adultos, que sejam felizes.

    Um beijinho

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  3. assino por baixo. o problema é que as gerações anteriores à nossa viveram numa outra realidade e por isso não têm essa abertura de espírito, sobretudo quando se trata de quem está próximo. é compreensível. mas necessário e urgente trabalhar as mentalidades.

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