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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

das (boas) inspirações


 

Raramente vejo o facebook àquela hora, mas hoje fi-lo. Abri os olhos e abri o facebook e apareceu-me um texto de Isabel Saldanha Fotografias. Li-o. Voltei a lê-lo e depois fechei o facebook. O texto não me saiu da cabeça o dia todo. Pelo meio havia tanto de mim e outros tantos que eu gostava que fossem de mim. Não falei dele até ao fim do dia, quando falava com a minha Eduarda. Também ela o lera. Também mexera com ela. É isto que eu gosto nesta democracia de literatura onde todos podem escrever e todos podem ler e depois acontece a magia. Há palavras que nos tocam em especial, que mexem connosco que nos obrigam a refazer o pensamento e, quem sabe, até mesmo a vida. E como estas foram as minhas palavras do dia, deixo-vos com elas não sem antes avisar que são poderosas e CUIDADO porque podem fazer pensar.

‘Pensei muito no post que escreveria no dia dos meus anos, pensei tanto que fiquei com a certeza que não era nada disso que escreveria. Hoje faço anos sim. E posso dizer à boca cheia que tive um ano em cheio. Despedi-me de um emprego chato, conheci pessoas fabulosas, regressei a Alfama com as loiras, casei a minha Mel, espetei-me de carro, Alfama venceu as marchas, enterrei uma tartaruga, despedi-me da minha irmã, a Camila largou a chucha, abri a minha empresa, dei corpo a milhares de projectos novos e viajei para sítios incríveis...mas no final, o mais importante, não foi carimbar o passaporte ou fingir que sou forte, o mais importante nestes 365 dias que passaram desde a última vez que fiz anos, foi ter conseguido aproximar-me de mim como destino e como pessoa. Passado um ano, posso dizer com orgulho, que estou mais próxima de ser a mulher que sonhei. E apesar de ser uma viciada total em viagens, continuo a advogar que o melhor destino do mundo é irmos às profundezas de nós mesmos e resgatar a pessoa que queremos ser. Não é uma viagem em 1ª classe, sai nos do pêlo e sai nos com medo, mas não há nenhum postal ou fotografia, que ganhe ao reflexo orgulhoso de uma alma que se vê ao espelho e o sorriso que esboçamos logo a seguir. Esta viagem está longe de estar terminada, mas já vou sem cinto, com a confiança de quem sabe que as trepidações e os atrasos fazem parte do caminho e que às vezes, se perdem as malas, entre voos e escalas.

 Ainda não sei exactamente para onde vou, mas sei que tenho muito menos medo, à medida que sei quem sou.

 Gosto de ti miúda!

 Estás de Parabéns balança!’

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