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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

quanto mais envelheço, menos séria estou


A história verídica é esta:

‘ Dois tipos numa plateia onde um deles ia subir ao palanque para falar e estava preocupado se devia ter trazido o lenço daquela cor, ou devia ter uma gravata de outra cor, ou se devia ter trazido um outro casaco, ou talvez um outro fato e como o amigo estava ao seu lado sem nada dizer este perguntou-lhe o que achava que deveria ter trazido.

 E o amigo responde: bom, bom era teres trazido a boazuda da tua irmã!’.

E a discussão à volta desta história é que eu a acho o máximo e a minha amiga diz que é degradante eu achar piada a este tipo de situações. Eu gosto da desconstrução da coisa, de quando o ridículo toma conta da situação, que haja quem a desmonte. Isto vem a propósito da reação de Ronaldo ao presidente da FIFA. O Ronaldo esteve bem, sim esteve, mas teria gostado mais de uma resposta à lá Mourinho. Se calhar porque também eu encerro uma certa ironia. Ontem, ainda a propósito esta situação, um amigo no facebook dizia qualquer coisa como: ‘não me interessa o que o senhor Blatter pensa ou diz, mas aquela atitude confirma aquele pressuposto de que para alguns é muito má ideia falar em público logo depois do almoço’. Uma frase forte e que indicia aquilo que eu pensei quando vi as imagens, que o senhor devia ter bebido demais. Eu gosto deste género de confronto de ideias. Não, não é uma discussão profunda sobre nada, nem é forma alguma de abordar um assunto sério, sei que não, mas para fait-divers, nada melhor que uma boa dose de inteligência dissimulada em ironia e uma ironia de preferência ridícula.

1 comentário:

  1. Eu adoro a ironia, mas, não sei a que propósito, sou quase sempre mal interpretada...
    (um beijinho, que eu já não dava há muito tempo ;) )

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