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terça-feira, 8 de outubro de 2013

(sem titulo)


Sempre que faço um texto tenho uma dificuldade louca para arranjar um título. Para mim, os títulos têm uma importância enorme e eu não tenho criatividade para os fazer. Não me surgem. Rendo-me sempre perante um titulo de um texto ou de uma entrevista que, em pouco, diga tudo. Ou que me faça querer ler o texto apenas por causa daquela frase a encimar o texto.

Quando de manhã vou a caminho do trabalho, vou sempre a ouvir a Radar e para mim é a rádio com os títulos dos programas com mais piada. Adoro o ‘ Qual a musica perfeita para sair de casa numa sexta-feira à noite, beber demais e acabar na cadeia?’, perfeito. Nem preciso de ouvir a música porque esta rubrica faz-me logo soltar o riso. Depois chego ao trabalho, edito uma entrevista e tenho vontade de fazer o seguinte título ‘ O homem que gostava de morder o cão, mas não mordeu’. Naturalmente, que se apresentasse este título a minha chefe, que por acaso é uma pessoa cheia de sentido de humor, iria rir mas de seguida mandava-me à farmácia tratar-me. Não posso, claro que não posso. Mas só me surgem coisas destas. Parvas. Giras mas parvas. Estupidas. Agora parei dois segundos porque preciso de um título para uma entrevista que acabei de editar e a primeira hipótese foi ‘Os homens que não bebem vão para o céu, o XXXX vai para qualquer lado’. Mata. Surgiu depois ‘ O homem que sabe o que é bom’, mata também porque dará azo a segundas interpretações. Percebem? Por isso, fico bloqueada. Fico a olhar o cursor minutos sem que nada surja. Nada de nada. É o caso.

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