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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

o meu almoço de ontem e de como o que começa por ser um bom momento pode acabar numa pequena tragédia


Ontem almoçava com uma amiga com quem estive para almoçar mil vezes e mil vezes não deu. Por isso ontem, nada nem ninguém me iria mudar de planos, a ideia era mesmo ter a Xaninha só para mim. E estava tão entusiasmada, feliz, contente que quando abri em demasia a boca para comer o raio do cherne que navegava no meu prato, senti uma dor lancinante no maxilar do lado esquerdo. Na verdade já antes sentira essa dor, mas como tinha passado, não liguei… quando digo antes falo em anos e anos a senti-la. Como tal, ontem mantive-me serena. Se estive cinco anos para almoçar com ela, não seria o facto de quase deixar cair o maxilar na sopa que me iria fazer acabar aquele almoço mais cedo. Continuei, a custo, a comer o cherne. Eu gosto de comer, o que querem que eu faça? Mesmo com dor gosto de saborear um bom prato. E o cherne estava delicioso. Quando o almoço acabou liguei para tudo o que era dentistas aqui perto. Pelos vistos isto é uma coisa mecânica e não é qualquer um que percebe de mandibulas. Mas lá encontrei um na Quadrantes de Cascais. Um fofo e querido médico que me explicou que nos próximos tempos vamos ser bons amigos comigo a ir visitá-lo amiúde. Até aqui tudo bem, mas que não posso comer nada que me obrigue a abrir muito a boca, por exemplo uma sandes. Chiça, comecei logo a ver as minhas torradas de pão de mafra a irem para o brejo. Explicou-me que as podia comer mas só o miolo. Pois bem, hoje como não pude comer a côdea, pedi o dobro da quantidade que costumava pedir. Afinal, a côdea é que me enchia o estômago e a malta tem de ir trabalhar satisfeita. Para além disso, vou usar aparelho para dormir. Adoro esta coisa de usar aparelho para dormir. Parece que enquanto durmo um mundo de situações podem acontecer com a minha boca. Maravilhoso mundo este da medicina dentária. E a puta da artrite reumatoide que podia ir chatear para outro lado e deixar em paz as minhas articulações, pelo menos aquelas que tenho acima do pescoço, ou a atacar-me a cabeça, porque não fazê-lo com as orelhas? Nããã, nada disso, vamos ali ao maxilar chatear um pouco. Hoje estou mal disposta porque isto de comer cremes e iogurtes e sumos não alimenta este corpinho... nem esta alma.

4 comentários:

  1. :/ isso está mesmo mal! o que vale é que as rabanadas são molinhas ;)

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    1. :) Raquel, nem mais. Hei-de consegur comer aquilo que me dá prazer :)

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  2. Um dos meus sobrinhos sofreu a bom sofrer com uma situação igual, até fisioterapia fez.

    As melhoras.

    um beijo

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  3. Pais, Helena, as pessoas pensam que é uma coisa minima mas a verdade é que custa bastante.
    Muito obrigada

    beijinhos

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