Páginas

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Esta semana podia ter começado melhor. Vou tentar de novo...

Correu mal a entrevista para a qual estava nervosa. É assim. Às vezes a vida faz-nos destas coisas que perante outras adversidades não contam para nada. E perguntam vocês: Mas correu mal porquê? Porque a pessoa em causa, jornalista da nossa praça e tipo mega conhecido e por quem eu tenho uma grande panca, começou por me perguntar:

 - Quanto tempo acha que vai demorar a entrevista?

E eu respondo:

 - Cerca de meia hora se tudo correr bem.

Ao que ele me responde:

 - É muito tempo, tenho dez minutos.

Ora bem, se tinha dez minutos devia tê-lo dito quando marcamos a entrevista. Até porque sendo ele jornalista saberá, certamente, o que conta dez minutos. Enfim, não demorei muito mais porque gosto pouco de dissecar mortos. Mas saí a pensar nesta coisa de se ser alguém sem tempo que não diz que ‘não’ a nada e depois, na verdade, nunca está por completo em lado nenhum.
A meio da entrevista, algures ali entre o quarto minuto e o sexto, só lhe via defeitos na pele, nas mãos, no casaco. Até tentei ver se a entretela da gola estava empolada. O fato era de bom corte. Não havia entretela defeituosa. Depois ele tentou sorrir, sem grande enfase ou sentimento, diga-se de passagem, mas senti que tentou. Mas aí eu não tentei mais. Perguntei o que tinha a perguntar e deixei de lado as perguntas que o fariam sobressair, ou que nos faria sobressair.

Agora já me passou a fúria e já só penso nas prendas de natal que vou fazer na minha máquina de costura pela noite dentro, quando a minha Mary estiver a dormir o sono dos justos e eu na companhia da minha boa música. Agora só penso no meu serão que me vai, certamente, curar e me restabelecer de todas as pancadas do dia. A vida encerra estes pequenos dramas e a idade ensinou-me a metê-los debaixo do tapete.

2 comentários:

  1. devemos é dar apenas a importância que as coisas têm. relativizar. já passou. venham as prendas de Natal. :)

    ResponderEliminar