Abracei-a porque ela dá ganas
de se abraçar. Sorrimos e falamos um pouco. Foi-se embora e fiquei com o cheiro
dela agarrado a mim. Quando fui almoçar tive de lhe perguntar que cheiro era
aquele que não me largava. Fiquei à espera da resposta com tiques de quem tem problemas cardiacos, que não tenho. Explico melhor: uso o mesmo perfume há mais de dez anos. Custa-me mudar. Parece que não sou eu.
Estranho-me. E hoje achei que aquele cheiro tinha de ser meu. Aquele outro cheiro. O abraço que lhe
dei prolongou-se. Vou ter de me oferecer aquele perfume. Vou metê-lo na árvore de Natal para mim. Obrigada querida
Filipa Elvas, és para lá daquilo que o mundo de ti conhece.
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