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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A Golpada Americana



Esta coisa de ser mãe de um piolho ainda pequeno faz com que tenha de refrear as idas ao cinema. E se antigamente me dava ao luxo de ir ver filmes que até achava que não iria gostar, hoje escolho-os milimetricamente. E a verdade é que não era para ir ver A Golpada Americana. Não era mesmo. Queria que, na minha ida ao cinema de 15 em 15 dias, fosse para um filme mais intimista, que me fizesse pensar, que andasse comigo longas horas depois de a sessão terminar. Mas fui. E ainda bem que fui, porque o filme cumpre um propósito bastante feliz da arte cinéfila: o de animar.

É verdade que o realizador tenta buscar a arte de um Francis Ford Coppola  sem o ser, mas isso são fait-divers que não interessam para aqui. O filme tem momentos bem conseguidos, que nos faz soltar o riso, que nos faz ‘torcer’ pelos bandidos e que mostra algo sublime: a complexidade da cabeça feminina. Adoro. E depois temos a banda sonora que se os filmes não fossem para se ver sentados, eu ter-me-ia posto a dançar como se o amanhã não viesse.

Esqueçam o que os críticos de cinema dizem. O embalo de um filme, mesmo que não seja uma obra prima, também conta. Este embala bem.
 

4 comentários:

  1. Ando a pensar se o vejo ou não, mas agora parece-me que me convenceste :)

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    1. vai mas vai coma ideia que não sais de lá mudada ou com vontade de mudar, apenas sairás animada. Vais gostar.

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  2. os intelectuais da treta é que têm a mania que o cinema serve essencialmente para evangelizar. mentira! o cinema serve para entreter e há um grande número deles que cumpre, e bem, essa função. no matter what the critics say.

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    1. Eu creio que os criticos não veem o filme so por ver, naquela assumpção de passar as horas, de desligar. Eles estão atentos a tanta coisa que deixam o filme para trás.

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