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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

dor e vida ou dor na vida


Ontem foi dia de consulta de reumatologia. Ficou marcada uma infiltração para dia 10. Ela foi-me dizendo ‘não vai poder ir trabalhar nos dois dias seguintes’. E rematou ‘vai doer muito’. Ela é assim, muito pequena e lapidar. Sincera até ao osso. E eu gosto dela assim. Ri-me. Disse-lhe que iria preparada, que suportaria os dias seguintes certa, que estava, que depois ficaria melhor por uns bons tempos. E esta realidade é para as infiltrações como para tudo o resto na vida, ou pelo menos grande parte do que nos acontece de mal: doi, moi e depois passa. Se calhar é a isto que a Catarina Beato se refere quando diz que ‘a vida resolve-se sozinha’. Sim, é verdade. E quando se resolve, tudo fica renovado e, de certa forma, faz sentido. Olha-se para trás e vemos que a nossa vida é um perfeito e intrincado puzzle onde tudo se encaixa.

4 comentários:

  1. E o que não encaixa, também faz parte. Mas não encaixa. Vai para outra caixa. Beijo

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    1. tudo encaixa mesmo o que não parece encaixar. E tudo encaixa porque a vida encerra o bom e o mau. É apenas uma teoria, querida

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  2. Como te entendo. Estive o dia todo a tentar levantar-me, mas as dores são tantas que custam a respirar. E sim, ontem fui à médica, e sim, disse-lhe tudo. Mas há dores que não se explicam, há dores que não sei de onde desencantaram, há dores que não sei se me pertencem ou são da minha cabeça. É difícil, mas encaixa-se.*

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    1. e não sentes que ninguém consegue compreender a tua dor a não ser que a tenha também?

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