Ontem foi
dia de consulta de reumatologia. Ficou marcada uma infiltração para dia 10. Ela
foi-me dizendo ‘não vai poder ir trabalhar nos dois dias seguintes’. E rematou ‘vai
doer muito’. Ela é assim, muito pequena e lapidar. Sincera até ao osso. E eu
gosto dela assim. Ri-me. Disse-lhe que iria preparada, que suportaria os dias
seguintes certa, que estava, que depois ficaria melhor por uns bons tempos. E
esta realidade é para as infiltrações como para tudo o resto na vida, ou pelo
menos grande parte do que nos acontece de mal: doi, moi e depois passa. Se calhar
é a isto que a Catarina Beato se refere quando diz que ‘a vida resolve-se
sozinha’. Sim, é verdade. E quando se resolve, tudo fica renovado e, de certa
forma, faz sentido. Olha-se para trás e vemos que a nossa vida é um perfeito e
intrincado puzzle onde tudo se encaixa.
E o que não encaixa, também faz parte. Mas não encaixa. Vai para outra caixa. Beijo
ResponderEliminartudo encaixa mesmo o que não parece encaixar. E tudo encaixa porque a vida encerra o bom e o mau. É apenas uma teoria, querida
EliminarComo te entendo. Estive o dia todo a tentar levantar-me, mas as dores são tantas que custam a respirar. E sim, ontem fui à médica, e sim, disse-lhe tudo. Mas há dores que não se explicam, há dores que não sei de onde desencantaram, há dores que não sei se me pertencem ou são da minha cabeça. É difícil, mas encaixa-se.*
ResponderEliminare não sentes que ninguém consegue compreender a tua dor a não ser que a tenha também?
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