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quinta-feira, 10 de abril de 2014

dos meus dias


Esta semana foi tão boa, tão boa e tão boa. E foi tão má, tão má e tão má. Boa porque foi prodiga em realizações, projetos que estão a avançar e bem, porque tenho na amizade um porto seguro, porque foi fértil em risos e mais risos; má porque tudo o que foi bom foi acompanhado pela minha filha doente. E basta ela estar doente para a nuvem cinzenta assombrar-me os dias. Mas tudo seria pior sem a parte boa, que foi mesmo, mesmo boa. É desta dualidade que é feita a vida. E eu, no fundo, quando fecho os olhos à noite e deito a cabeça no travesseiro, sei que não me posso queixar porque tenho sempre o discernimento que as doenças da infância tratáveis são pó à beira de outras doenças, de outras crianças, que, de uma forma arrasadora, não têm cura. Tenho sempre isto em mente e agradeço a Deus esta vida maravilhosa que tenho. Se a idade me trouxe alguma coisa, uma delas foi este discernimento.

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