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segunda-feira, 28 de abril de 2014

em que tipo de mulher se transforma quando se apaixona?


Que tipo de mulher és quando te apaixonas? Uma fada perfeita, sempre cheia de vontade de tudo fazer da forma mais correta, sem mácula de pecado e que, não raras vezes, tendes a te apaixonar pelos homens complementares, aqueles que não se movem pelas melhores intenções mas sim pelas situações mais negativas?; ou és a bela adormecida que espera com fervor o cavaleiro que, com um cálido beijo te desperte da tua bela letargia? Por vezes, a espera de tão maravilhoso cavalheiro é demasiado longa e acabas por te contentares com o ‘bom rapaz’ e de ‘boas famílias’ que conheces há anos. Casas e um dia, quando tens tudo equilibrado, podes encontrar por acaso o homem que te desperte os sentidos, no ginásio, no trabalho, na oficina e aí podes ficar com a vida virada do avesso; ou és a beijadora de sapos, aquela que é tão segura de si que acha que consegue mudar todos e quaisquer bardinos que te aparecem pela frente? Um dia aparece um sapo ruim, que tem na génese querer emoções fortes e violentas e tu, beijadora, não só mudas de confiante para farrapo, como tendes a morrer por dentro; ou és a Amazona, aquela que gosta de ser a maior a mais maravilhosa, a suprema da relação e que depois, alimentando-te de emoções fortes, mais não consegues do que um homem submisso que não te alimenta o corpo nem o espirito… bem, mas podes ser a camaleónica, ou a bruxa, ou ainda a Penélope. Não sou eu que o digo. Este dicionário de possibilidades de mulher apaixonadas foi escrito pelo psiquiatra Giorgio Nardone e pretende mostrar-nos, baseando nas suas pacientes, os erros que as mulheres cometem no amor. Ele pretende que saibamos que tipo de mulher-amorosa somos para que tenhamos noção que género de homem atraímos e, dessa forma, reverter um processo que pode ser, em tudo, dramático para nós mesmas. Como se isso fosse possível! Como se uma mulher, mesmo percebendo que tem tendência para os sapos, a eles resistisse em prol de uma relação pacífica mas sem furor. Quer dizer, até pode resistir, mas pensará nos sapos a vida toda. O livro tem um propósito bem definido, mas erra  num ponto fundamental: a cada mulher é associado um tipo de homem que, de todas as vezes consegue aglomerar mais e maiores defeitos dos que as mulheres com que se cruza. O que o Giorgio diz das mulheres, deixa de dizer dos homens. É pena. Como ele se baseia em factos reais que lhe passaram pelo sofá, imagino que esta lacuna se deva ao facto de serem as mulheres que mais o procuram para fazer psicanalise quando o mundo interior parece estar a estalar… eles têm outras terapias, quiçá mais mundanas.

Eu percebi que mulher sou no amor. E o que vale, de forma a não me deprimir profundamente e ter de procurar psicanalise para a qual não tenho fundo de maneio para fazer, é que estes livros mais do que levar a sério, levo a brincar. Este Os Erros das Mulheres no Amor é para se ler e não pensar muito, embora haja partes, algumas, pequenas, curtas, onde nos vemos e revemos e vemos e revemos algumas amigas... mas isso fica só entre nós, shiuuu!

3 comentários:

  1. Nós somos pessoas diferentes, em momentos diferentes da nossa vida. O que antes despertou a nossa atenção pode hoje ser desprezado pelos nossos sentidos. Isso da tipologia das relações... é fácil montar. Acho que o amor não se explica assim tão facilmente. Mas isso sou eu... que estou assim para o parvo, hoje! :)

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