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quinta-feira, 1 de maio de 2014

A minha angústia


De hoje a uma semana vamos, eu, mais esta amiga e mais esta, lançar um livro. O nosso primeiro. Digo isto porque me parece que, assim, de repente, a coisa pode dar origem a mais jornadas. E se calhar devia estar preocupada com o que vou dizer; se vai alguém; quem vai e quem não vai; se vou dizer alguma coisa de jeito… mas não é isso que me anda a tirar o sono. O que me anda a criar uma verdadeira úlcera nervosa é o raio de um bolo que casamento (leram bem) que vou fazer para o dia seguinte ao lançamento. A minha querida amiga Marta vai casar com o homem da vida dela. Até aqui tudo perfeito. Convidou-me para madrinha. Mais do que perfeito. E de seguida diz: ah, quero que faças o meu bolo. Como? Queres o quê? E eu, que tenho esta coisa do mergulho no abismo, disse que sim, sem pestanejar. Já sei o que a casa gasta: perto da coisa a coisa deixa-me sem dormir. E se ele tomba? E se ele mirra? E se ele fica feio como um bode? E se, e se, e se… Hoje acordei de madrugada e pus-me a ver bolos de casamento. Lindos de morrer. Verdadeiras obras de arte que nunca, nem que morra e volte a nascer, vou conseguir fazer. Por isso, voltei à estaca zero. Se alguém tiver por aí uma sugestão, que diga. A gerência agradece.
 

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