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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Emancipação das empregadas domésticas

Mudei de empregada doméstica. E esta, a nova, começou por dizer que não limpa as casas-de-banho com Ajax ( e olhem que eu comprava o Shower Power, coisa poderosa e não uma coisinha fraca) mas sim com Cif. Por isso, ‘senhora dona Frida compre cif, mas cif a sério e nada de marcas brancas’. Ah, e também não limpa o chão da casa de banho com o que a outra limpava, que era o liquido verde amoniacal, não, não, não. Esta só coloca nos meus azulejos lindos e maravilhosos Sonasol. E disse isto de tal forma que me ouvi a agradecer-lhe a atenção e o cuidado. E depois o chão, ‘ah senhora dona frida, nem pense que consigo limpar em condições com esse lava-chão marca Pingo Doce, só obtenho bons resultados com Pronto’. E eu, feita parva, assentei tudinho num papel e fui muito obediente ao supermercado comprar o que a senhora dona minha empregada quer. Reflicto no que aprendi. Aprendi a exigir. Quando voltar ao trabalho vou ter uma reunião com a minha chefe e dizer-lhe que exijo um MAC em vez daquele ferro velho de computador que tenho. O papel que mais me inspira é o reciclado por isso, bute lá a compra-lo e, por fim, vou dizer-lhe que ou me compra umas canetas todas XPTO ou dou de frosques.
Temo que depois venha aqui dizer-vos como foi a minha inserção no Centro de Emprego da minha zona de residência.


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