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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ainda os idosos que morrem na maior e profunda solidão

Portugal parece que acordou para uma nova realidade dos idosos, e uns que nem tão idosos assim, que morrem na mais profunda e triste solidão. Portugal emudeceu. As noticias diáriamente dão-nos conta de um e mais outro que foram encontrados estando há anos mortos nas suas casas. Uns sociologos dizem umas coisas, os politicos dizem outras, os pivós dão as noticias com um ar de profundo pesar. Mas a quem é que isto vem pasmar? Quem, como eu, ouve, já ha bons anos e com grande tristeza,  o abandono dos idosos em hospitais, idosos com altas a viverem nos corredores onde ninguém, absolutamente ninguém os vai resgatar, sejam eles os familiares, o Estado ou amigos, não me pasmo com a morte solitária. Aliás, uma vida abandonada magoa-me mais, toca-me mais fundo do que um corpo que jaz na mais perfeita solidão.

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