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quarta-feira, 16 de março de 2011

Eis porque acho tanta piada ao Valterzinho

Valter Hugo fotografado não por mim, com muita pena minha

Escreve Valter Hugo Mãe:
« Um vereador da cultura duma câmara municipal atendeu o telefone numa sessão em que eu falava, sendo o único convidado da noite. Disse que era muito importante atender aquela chamada e levantou-se a esconder-se, no palco, atrás de uma lona que ainda era um bocado transparente. Dizia aos berros: estou na feira do livro, não, caralho, com o escritor, Vitor Hugo, eu sei lá se ele é francês, é um careca, ligo-te daqui a meia hora. Depois, voltou à mesa e sentou-se. Como começamos a rir tive ideia de bater palmas e toda a gente bateu palmas e regozijou. O vereador, na onda, bateu também as mãos, subitamente contente, e disse: muito bem, falou muito bem».

Devo ter estado uma boa meia hora a rir. A imaginar a cena. A nada me custar acreditar que haja vereadores destes (ui, se há). E pronto, vou alimentando este meu amor, não correspondido, leia-se, pelo Valter Hugo Mãe. Um escritor que vai ficando anafadinho com a idade. Anafado e careca, mas com piada, muita piada. E o humor alimenta a paixão.

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