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quinta-feira, 14 de abril de 2011

A morte de um povo

Considero-me uma pessoa informada e isso desinforma-me. Uns jornais dizem uma coisa, outros contradizem; uns dizem que o FMI vai atacar de determinada maneira, outros de outra; uns dizem que o PSD e o PS já se sentaram para conversações, outros desmentem; Uns dizem que Pedro Passos tinha conhecimento e até debateu o PEC IV outros dizem que não; uns comentadores dizem que o problema não foi este governo, outros dizem que sim, uns tecem grandes elogios à Europa, outros denigrem-na; uns falam da importância do FMI na Irlanda e outros dizem que foi pior; Uns economistas dizem que o importante é fazer XPTO e outros dizem o seu contrário. E estou confusa. Sinto que a luz não está no fim do túnel. De cada vez que alguém vem com um discurso de ânimo, outros atacam esse positivismo. E eu fico assim, meia órfã deste país que é soberano, mas não parece querer continuar a ser, deste país que é o meu, mas que começo a sentir-me desconfortável com o que dele se faz. E as armas que tenho à disposição são o trabalho, que faço o melhor que sei e posso, e o voto. Quanto a este ultimo, vou pairando numa indecisão atroz de quem sente que ninguém é bom, ninguém carrega meu coração com crença no amanhã. Vou perdendo a ilusão… E um povo triste, sem ilusão, sem dinâmica, sem crença em si mesmo é um povo morto.

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