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quarta-feira, 11 de maio de 2011

lido no blogue lei seca

O raio verde

Reencontro duas raparigas por quem tive um fraquinho, embora de importância e duração diferentes. E não há como dizer isto de outra maneira: perderam a beleza de outros tempos, esvaiu-se, foi-se, já não existe. Há uns anos, senti-me atraído pela beleza delas, pela sua «vivacidade» que era afinal a vivacidade das pessoas que se sabem belas, mas agora essa atracção morreu, são ainda raparigas simpáticas e animadas, embora menos, mas o desaparecimento tão flagrante da beleza perturba de algum modo o nosso reencontro, instala uma melancolia que tento disfarçar sem grande sucesso.

A beleza física dura pouco tempo. Talvez isso prove, sugerem alguns, que a beleza é «sobrevalorizada». Outros, como eu, acham que a beleza é como o raio verde, um fenómeno precioso porque dura apenas uns segundos, tão poucos segundos que muitos dizem que é uma ilusão.

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