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quinta-feira, 9 de junho de 2011

O que fazer a gente parva?

Às quintas de manhã tenho uma moça a limpar a casa. Hoje, assim que entrou e meteu o pé num tapete da cozinha malhou de tal forma que estremeceu o prédio todo. Caiu desamparada de costas e não se conseguia mexer. Chamei os bombeiros e lá foi ela para o hospital. Só me dizia: ligue ao meu marido, ligue ao meu marido. Lá me disse o número a soluçar e enquanto fui levar minha filha à ama e ela foi na ambulância, liguei para o marido dela, com quem nunca tinha falado, a contar-lhe o sucedido. Deixo a minha filha e desato a ir para o hospital para onde ela tinha ido. Chegada lá ninguém em dava informações. Não era familiar, não era nada e notícias, nem vê-las. Enquanto pensava numa solução e andava de um lado e para o outro que nem uma barata, um tipo fazia-me olhinhos e sorria numa tentativa de lançar charme. Mas quem vai para um hospital fazer ‘olhinhos’, quem? Indignada com isso perguntei-lhe quando ele me disse ‘ó boa’: «Mas o senhor não encontra melhor sítio para ser parvo?» E virei-lhe as costas. Ao fim de meia hora sem notícias resolvi ligar para o marido da M que já se encontrava no hospital: ‘Olhe, estou aqui na rua a fumar um cigarro e estou de camisa azul às riscas laranjas’, olho para o sítio e imagine-se, o marido da M era a besta que se fez ao piso.

2 comentários:

  1. A senhora que te faz a linpeza é mesmo uma grande besta enquanto a mulher está no hospital mal ele ainda se faz a patroa é mesmo estúpido e ainda por cima um tridor.É que ele não tem vergonha na cara.

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  2. Desculpa mas acho a estória deliciosa!

    JMC.

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