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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Insónia

a ter uma das fortes. Já li, já passei a ferro, já vi uma série e agora? Agora fico aqui a 'matar' o tempo porque tenho tempo para matar. Isto de viver a vida até a tutano não é compatível com quem tem insónias.
E tu T, ondes andas? A por tudo em estado de sítio aí em cima, certamente. A revolucionar o Céu, porque uma alma como a tua só pode flutuar, dissolver-se no ar, como uma brisa suave que nos beija a pele em dias de verão.
Saudades. Como já tenho saudades tuas. A tua cadeira vazia mostra-me a morte de frente todos os dias; a nossa máquina de café parece que me esmurra a tua ausência a cada manhã. desfazer um caminho que fizemos durante doze anos será uma tarefa impossível. Por um lado porque vincaste tão bem a tua presença que ela não se desfaz; depois, porque não te quero fora de mim. Custa mais olhar para a tua cadeira, custa mais o café da manhã. Custa mais ir trabalhar. Custa mais levar a minha filha ao emprego sabendo que não vai brincar com a  tia louca, custa, custa muito mais. Mas o minimo que posso fazer por ti é enfrentar esta dor e manter-te juntinho a mim.
As Insónias também são boas: fazem-me recordar-te e ter este bocadinho de tempo só para as duas.

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