A vida das pessoas é cheia de incongruências. De mistérios. Olhando de fora temos sempre algo a apontar. Dizemos sempre que eu não faria aquilo. Que sicrano não foi correcto. Que beltrano não se compreende e etc. Vem isto a propósito da biografia que saiu nos EUA do Steve Jobs. Quem era este homem criativo que encerrava uma má disposição difícil de lidar? O curioso é que segundo esta biografia, o facto de ter sido adotado, fez com que ele se transformasse num homem muito independente e cheio de vontade de demonstrar o que valia. Foi como se por esse facto se sentisse que poderia ser visto de uma forma diminuída perante a sociedade. E ele foi dado para adopção pela sua mãe biológica que tinha apenas 23 anos quando o teve. O pai era um dono de um restaurante que Steve frequentou sem saber que se tratava do seu pai biológico. Quando descobriu nunca mais lá colocou os pés e nunca perdoou ao pai o ter abandonado bem como à sua irmã biológica. E agora vamos ao curioso nesta vida. Também Steve teve uma filha de uma relação conturbada e pouco constante. Filha esta que ele abandonou. Que fez o mesmo que o seu pai lhe fizera. Fico sempre a pensar que quebrar ciclos de vida é complicado. Somos sempre muito daquilo que foram connosco. Mesmo que o que tenham sido tenha sido mau e doloroso. Infelizmente, não é fácil fugir ao destino.
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