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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um ano que vale por mil

A minha filha faz hoje um ano. Comove-me tudo o que ela me faz sentir. Esmaga-me a forma como ela olha para mim. Tinha pensado em termos um dia diferente. irmos ao Jardim Zoológico porque ela adora animais. adora os sons que fazem. simplesmente adora. Mas o dia está chuvoso e optei por estarmos as duas simplesmente a usufruir de um dia normal, com os nossos habituais ritmos. mas hoje não o consegui fazer sem estar, constantemente, a pensar neste ultimo ano.
Não fui a primeira pessoa a vê-la quando nasceu. nem a segunda, nem a terceira e nem a quarta. Talvez a oitava ou decima, não sei. E nunca me importei muito com esse facto porque quando a vi, de relance, de fugida, estava eu no recobro, pousei-lhe os olhos em cima e soube, naquele preciso instante, naquele segundo valioso que houvesse à sua volta todas as pessoas e mais algumas, estivesse ela com quem estivesse, vivesse ela o que entendesse viver, eu nunca, por nunca, deixaria de a sentir, viver, amar, cheira-la da forma que só uma mãe o sabe fazer e sentir. Aquele amor que senti ali materializou-se num choro que não consegui conter. Não sou obsessiva com ela. Não a esmago com beijos, nem me enciúmo se a vejo noutros colos e feliz. é tão certo o que nos une, que nada nos separa. nada. e agora que ela dorme, tinha de vir aqui escrever, quem sabe se ela não irá ler mais tarde, que de cada vez que a embalo, é a mim que embalo, de cada vez que a alimento, é a mim que alimento, de cada vez que a vejo rir, sou eu que transbordo de alegria. Deparei-me com um amor supremo. deparei-me com uma dor cruel de medo de perda deste meu grande amor.
obrigada por este ano, filha, obrigada.

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