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terça-feira, 9 de abril de 2013

da minha grande desorganização


Eu tenho cartões de tudo. Basta ir a um sítio pela primeira vez, e mesmo não fazendo intenção de lá voltar, se me perguntam: já tem o nosso cartão? Eu não só digo que não como me dou ao trabalho de o fazer. E pronto, na minha carteira vive o cartão da FNAC, do Continente, da Lanidor, da Benetton, da Worten, do meu cabeleireiro, de uma loja de Tomar que não sei o nome agora, da minha esteticista, da Bulhosa, da Massimo Dutti, da Furla, da casa das massas, da casa dos hambúrgueres e por aí fora. Depois, quando preciso de um, procuro, procuro e saem todos mas nunca vejo o que quero. Espalho todos em cima do balcão. Procuro e procuro. Ouço os suspiros da empregada ansiosa. Volto a remexer. É provável que esteja em casa. Sei lá. Talvez não. Deixe-me ver na outra carteira. Talvez esteja na bolsa da mala. Ou no bolso do casaco. Nada. Olhe, deixe lá, utilizo para a próxima. Ou seja, tenho cartões de tudo e mais alguma coisa, mas raramente os utilizo porque raramente os encontro quando deles preciso.

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