Quando alguém me diz ‘eu já
tenho os amigos de que necessito. Não preciso de mais’, sorrio. Por dentro, mas
sorrio. Assim um sorriso que é um misto de ironia (como detesto quando me
descubro irónica) com tristeza. Na verdade, eu não os procuro que isto das
amizades é como os amores: se procuramos tendencialmente sai porcaria que a carência
dá nisso. Mas não fecho portas. Não fecho janelas. Não me escondo debaixo da
pedra dizendo que o que tenho basta. Tive amizades que julgava de uma vida e
que se foram, porque não podem entrar outras? Hoje sei mais e melhor o que
pretendo de uma amiga/o. Sei de cor o que para mim a amizade tem de conter. E
se a vida, por um lado, levou quem já não se enquadrava naquilo que sou e
naquilo que busco, também me trouxe, na leveza de uma brisa, amizades que sei
serem de grande importância para mim. Há o deve e haver nisto e acabei por
sair mais rica e vencedora. Digo-o vezes sem conta que o mundo contém gente tão
boa, tão interessante, tão deliciosa e que, sorte minha, todas essas pessoas
são, de alguma forma, minhas. Minhas. Absolutamente minhas.
Os amigos nunca são demais.
ResponderEliminarUm beijinho
os amigos não são a família que escolhemos? que sejam os melhores, só assim faz sentido. :)
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