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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

das quedas


Detesto que ela caia. Detesto que ela chore. Detesto que ela se magoe mas no meio desta minha dor de a ver no chão digo sempre: ‘levanta-te’, ou ‘isso não foi nada, filha’. O que ela me pede, entre lágrimas sentidas de quem, muitas vezes magoa mais a alma que o físico, é um beijo no sítio onde se magoou. E eu dou. É o máximo que faço, beijo-a e digo que já passou, que não foi nada, que continue a saltar ou a correr. Acredito que é assim que a preparo para as quedas deste mundo. Este vídeo vem ao encontro desta minha filosofia de vida que não li em lado nenhum, mas que foi aquela que os meus pais utilizaram comigo.

Já caí mil vezes e mil vezes me levantei. Cairei outras tantas e sinto que outras tantas me levantarei até à queda final, aquela que não permite outros voos neste mundo.

2 comentários:

  1. É incrível como com as tuas palavras, mesmo que sejam poucas, me consegues sempre deixar com um ar de ponto de exclamação, a viajar contigo*

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    1. e é incrivel como as tuas palavras me ajudam a continuar
      beijinhos

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