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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

o dia começou mal


Há quinze anos entrava no local de trabalho que hoje possuo e ganhava o que hoje passei a ganhar.

Já tive oportunidade de sair e não saí e como tal, toca a calar. Na verdade, é como diz a frase: como pode mudar a vida se nós não mudamos nada? Se o arrependimento matasse estaria feita pó para tijolos, mas também viver é arrependermo-nos de passos não dados.

Olhei várias vezes para o talão do multibanco hoje de manhã antes do pequeno-almoço o que me deu vontade de pedir à D Lurdes um bagaço em vez do abatanado pingado. Refleti. Interiorizei que algo tem de mudar, a começar por mim, naturalmente.

Continuo a ser paga para trabalhar. Mal paga, diga-se, mas continuarei a trabalhar como sempre fiz e como sei, que isto de se ter brio profissional não vem com o recibo de ordenado mas com a personalidade de cada um. Mas hoje olho mais para fora, observo mais que possibilidades o mundo contém. Hoje obrigo-me a ver outras possibilidades para lá deste trabalho que gosto tanto e dos colegas que já se transformaram em amigos.

4 comentários:

  1. disseste tudo: o brio não vem com o recibo de ordenado, faz parte de cada um de nós. ou se tem ou não se tem. o problema é que com o brio, e além de pancadinhas nas costas, deveria vir um maior reconhecimento por quem trabalha com vontade de dar o melhor de si, gostando ou não do que faz. bem sei que desta vez não são as empresas as culpadas. mas provavelmente se todos fizéssemos mais, gritássemos mais, fincássemos mais o pé, não permitiríamos que pudéssemos chegar aqui.
    venha o bagaço!

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    1. É importante gritar, que é, mas também é importante mantermo-nos altivos perante todas as vicissitudes da vida. Eu quero tentar conseguir manter-me à tona da água com um espirito alegre... vou tentar, pelo menos :)

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  2. Sabes aquele abraço que te prometi? Hoje dava-to e depois ia beber um bagaço contigo*

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    1. Anda daí, que esse abraço iria fazer maravilhas. Na verdade, foi como se tivesses dado. Obrigada querida.

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