Questionam-se (ou talvez não)
porque não tenho escrito, mas a verdade é que o meu tempo livre, todo ele, é
para ler o livro Philip Roth. Não consigo deixar de pensar nele, mesmo quando
não lhe pego. Penso no quanto eu gostava de ter a capacidade de escrever as
coisas mais simples da vida da forma única e absoluta com que ele escreve.
Quando fala da sua infância,
fala de uma infância normal. E o que tem de atrativo uma infância normal? É
isso, percebem, é isso que fascina. Ele não precisa de ter sido violado, vilipendiado,
amarrotado, com uma família disfuncional para nos agarrar. Ele fala da sua infância
normal de judeu num bairro de judeus, nos EUA e aquilo agarra. Aquilo mexe
comigo. Um dia disseram-me que eu não lia livros, mas que fazia amor com eles.
Na altura achei um abuso. Hoje acho que não é. É que há livros que nos levam
para outra dimensão, mexem e remexem e depois fica-se, assim, meia órfã no fim.
Quem me lê sabe do meu fascínio
por este escritor. Hoje informo que aumentei o gozo que tenho em lê-lo. Quando a história é unica, ela agarra, mas quando é uma historia perfeitamente normal, tem de se saber contar para que fiquemos do outro lado da página. E eu fico. Que nem uma lapa.
Fiquei curiosa acerca desse livro... Nunca li nada dele!
ResponderEliminarUm beijinho
Paula, é muito bom, mas um pouco intimista. Tem de se gostar do género. Para começar aconselho o Animal Moribundo.
EliminarUm grande beijinho