Rolling Stones velhos?!?

Aos 40 ainda nos achamos novos. Metemos as calças de ganga, os ténis confortáveis e de marca, casacos de cabedal e rumamos ao Rock In Rio para vermos se os velhinhos Stones se aguentam nas canetas. Ironizamos com a idade deles. Questionamos se irão se suster. Pelo relvado somos nós mais uma grande mistura de gerações, felizes por deixar a prol em casa numa noite livre de responsabilidades. Metemos a garrafa de cerveja à boca e combatemos o frio entre conversas e saltos esporádicos. E eles chegam, os tais velhinhos que não se aguentam nas pernas e arrumam connosco. Agigantam-se no palco e, de repente, faz-se história: eles, os stones estão ali, bem à nossa frente com aquela energia que os caracteriza. Mick fala num português mal alinhavado mas conquista. Respeita-nos. Tenta interagir e obriga-nos a cantar com ele. E correr aquele palco com os seus trejeitos de dança característicos.  

No fim da noite, eu, pelo menos, estava arrumada. Arrumada mas feliz por ter feito história: ver os Stones ao vivo! Valeu a camada de sono com que agora estou.