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terça-feira, 17 de junho de 2014

os meus macarons


 Não sei explicar isto de outra forma: é como se uma mão me agarrasse pelo cocuruto e me obrigasse a fazer doces. É mais forte do que eu. É quase como uma obrigação que me alimenta horas e horas na minha cozinha. Se calhar há um limite entre ser-se normal e atingir o pico psicótico tendo em conta o número de livros de culinária que se arrecada, não sei, mas sei que um dia chego e abro o livro naquela página que vi e namorei mil vezes e desato a fazer o que acho que tem de ser feito. Nunca estou sozinha: tenho sempre a televisão ligada mesmo que nem saiba em que canal, uma chávena de chá e o Pedro e o Artur, os peixes da minha filha. No domingo foi a vez dos macarons. Não ficaram bonitos. Muito menos simétricos. Talvez altos demais. Mas muito bons. É assim que me curo das maleitas diárias. Há quem tome xanax. Há quem se ginastique. Há quem vá às compras. Eu enfio-me na cozinha a tentar fazer tão bonito como aparece no livro. Raramente consigo a beleza, mas consigo sempre a paz de espirito.

1 comentário:

  1. HELLO BOA TARDE ...BEM EU LI E A ACREDITAR EM TI , SIM ... ACREDITO... ATÉ DAVA UMA TRINCA ;) :) TEM UM BOM ASPECTO :P (y)

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