Não sei explicar isto de outra forma: é como
se uma mão me agarrasse pelo cocuruto e me obrigasse a fazer doces. É mais
forte do que eu. É quase como uma obrigação que me alimenta horas e horas na
minha cozinha. Se calhar há um limite entre ser-se normal e atingir o pico psicótico
tendo em conta o número de livros de culinária que se arrecada, não sei, mas
sei que um dia chego e abro o livro naquela página que vi e namorei mil vezes e
desato a fazer o que acho que tem de ser feito. Nunca estou sozinha: tenho
sempre a televisão ligada mesmo que nem saiba em que canal, uma chávena de chá
e o Pedro e o Artur, os peixes da minha filha. No domingo foi a vez dos
macarons. Não ficaram bonitos. Muito menos simétricos. Talvez altos demais. Mas
muito bons. É assim que me curo das maleitas diárias. Há quem tome xanax. Há
quem se ginastique. Há quem vá às compras. Eu enfio-me na cozinha a tentar fazer
tão bonito como aparece no livro. Raramente consigo a beleza, mas consigo
sempre a paz de espirito.
HELLO BOA TARDE ...BEM EU LI E A ACREDITAR EM TI , SIM ... ACREDITO... ATÉ DAVA UMA TRINCA ;) :) TEM UM BOM ASPECTO :P (y)
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