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sexta-feira, 18 de julho de 2014

A puta da guerra que não tem outro nome, não tem mesmo.


 Olho para as noticias e fico incrédula. O mundo ainda possui essa capacidade em mim: o espanto. Negativo, leia-se. Abatem um avião assim, num misero segundo. Não sei como a coisa se processa com os misseis. Será que é assim: epah, vai ali um avião e vou carregar no botão e manda-lo pelos ares? Carrega-se num botão e acaba-se com a vida de 298 pessoas que nada, em absoluto nada tem a ver com aquela guerra. Acaba-se com vidas assim, num piscar de olhos. Estou para aqui meia esmagada com esta coisa de a vida já nada valer. Não consigo olhar para este acontecimento e não deixar de sentir medo por este mundo cruel em que vivemos. Lamenta-se e o que vale este lamento? Nada. Em absoluto nada. No avião iam investigadores e médicos para participarem na XX Conferência Internacional contra a SIDA. Crianças e famílias inteiras foram dizimadas por uma guerra que não era a deles. Assim, como um copo de cristal que cai de uma mesa. Poder-se-á seguir em frente? Sim. Seguimos. Mas cada vez mais vou perdendo a capacidade de acreditar na bondade humana e tenho de dar razão àquele meu amigo que afirma: o homem é intrinsecamente mau.

4 comentários:

  1. Não acredito que seja intrinsecamente mau. Mas a maldade existe, possivelmente resultado do medo, do egoísmo, da ganância... Ou quem sabe, um ou outro gene "marado".

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  2. Pensei exactamente o mesmo. Como é possível que um conflito destes dê origem ao abate de um avião? Numa época tão supostamente racional e em que em tudo se pesa a razão custo/benefício? O Homem é mesmo um "freak of nature".

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