Siri Hustvedt (que eu adoro a clarividência
de pensamento) contou no programa O Valor da Liberdade, que passa na SIC
Noticias (palmas para este programa), sobre uma experiencia que ela leu recentemente
no New York Times. Contava ela que essa experiência consistiu no seguinte: dois
académicos mandaram a mesma carta a 6500 professores universitários dos EUA,
homens e mulheres, de universidades prestigiadas de todo o país. Era uma carta
de um aluno hipotético a pedir informações acerca de um doutoramento. A única
diferença estava nos nomes associados. Uns eram masculinos ou femininos, em
diferentes etnias, nomes que soavam hispânicos, a afro-americanos, a asiáticos.
Descobriram, pelas respostas, que essas pessoas altamente instruídas, preferiam
largamente o nome que soava como branco e masculino. Tratava-se de homens e (pasmem-se)
mulheres. Siri conclui que ‘as mulheres
também são sexistas, as mulheres também são joguetes do sexismo e racismo mais
subtis. É muito desencorajador, claro. A única maneira de mudar isto é torna-lo
consciente. E a única maneira de o tornar consciente é mantendo um diálogo
cultural constante sobre como vemos os outros’.
Esta é a minha maneira de
ajudar a tornar consciente o que ainda se passa em pleno século XXI.
(quem quiser rever este maravilhoso programa: https://www.youtube.com/watch?v=lPxTWf94boY )
Este post é mesmo muito interessante. E é um assunto em que muita gente tem medo de pegar, porque "só os homens é que são sexistas e quem diz isso das mulheres ou é homem ou é uma cabra, que é o que as mulheres são umas para as outras".
ResponderEliminarPor isso, parabéns.
Eu também obverso isso. E acho que quanto mais "atrasado" o meio, por mais "avançado" que pareça, pior é a doença. E temos que parar. TODOS.