Se há coisa que desejo antes de
ir de férias para longe de casa, é que a minha cria não fique doente. Vivo a
uma distância curta do médico dela, do hospital onde me sinto em casa, e longe
disto, sinto-me sem chão. Ontem aconteceu o que temia: a minha filha acordou a
meio da noite aos gritos com dores. Hospital mais perto - o de Tomar. Sabia que
não tinha urgência pediátrica mas o de Torres Novas é bem mais longe e resolvi
ver o que me diziam em Tomar e… bem, depois logo se via. Deparei-me com uma
equipa, desde a parte administrativa até ao médico, do mais simpático,
atencioso, disponível, profissional que encontrei. Céleres, senti-me ser levada
ao colo. O médico, um brasileiro com muita piada, foi do mais competente que
vi. E eu que sou especialista em hospitais, por onde passei grande parte da
minha vida, gosto de dizer a verdade, porque é nestes espaços que a vida e a
morte acontecem. São lugares de angústias e alegrias. Lugares que deviam estar
acima das crises económicas e de cortes cegos e onde a negligência
governamental muitas vezes se faz sentir.
São as pessoas, são sempre as
pessoas que fazem a diferença.
Estou em Bragança e esta é também a minha angustia. Hoje passei o dia nas urgências do Hospital de Bragança, gostava de poder dizer o que aqui acabei de ler, não posso. Mas concordo contigo, as pessoas fazem (quase) toda a diferença. As melhoras para a filhota. bjs
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