Às vezes não é o livro que não
é bom, somos nós que, naquele momento da vida não estamos preparados para o
absorver como ele merece.
Quando li que Grande Banquete e
o Rotters’ Club de Jonathan Coe, embora tenha gostado e me tenha vergado
perante um escritor exímio, não fiquei totalmente rendida como com o A Chuva
Antes de Cair. Este último sugou-me o tempo, devorou-me a restante vontade de
fazer outra coisa que não fosse traga-lo.
Uma história de afeição, de
amor, de maternidade, de laços que se deslaçam e de como, de perto, ninguém é
normal, como já dizia Caetano Veloso. Mas este livro é mais do que a história
em si, é a forma como é contada.
E no fundo, é tolhido por uma
normalidade gritante. Podemos estar ali, de uma forma ou outra, num daqueles
sentimentos, por vezes contraditórios que as famílias possuem.
É tão bom!
Agora vou reler os dois que tenho em casa em busca da
sensação que este escritor me causou. Na altura em que os li, estava a esmo,
não era a altura certa.
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