Às vezes, questiono-me como
demorei tanto tempo a descobri determinado autor. É uma desatenção total. É um
desatino que fere, mas quando o descubro sinto, por outro lado, a alegria de
ter uma miríade de obras para me inflamar. De certa forma, e por motivos que
não descortino, nunca tinha lido anda de Somerset Maugham, estas férias li O
Véu Pintado e foi como se estivesse a ver um filme. Ele é de tal forma cinematográfico,
que faz acontecer a história a cores na nossa cabeça. É aquela capacidade que
uns poucos têm de escrever de forma simples mas escorreita, certeira, capaz,
envolvente. E um homem a falar através de uma personagem feminina como só as
mulheres sabem ser e pensar, encanta-me.
A história é um murro no
estômago. Os amores não correspondidos; os amores desencontrados. As cobardias
no amor… a traição e a culpa. Tudo está tão bem misturado que no fim queremos
que continue. Queremos saber mais e mais daquelas personagens. E quando um
livro acaba, desejamos que continuasse e pode custar metê-lo na prateleira mas
é a certeza que valeu cada palavra que se leu (que se engoliu, porque na
verdade este livro engole-se).
Ela casou com quem não amava.
Ele casou com a mulher que amava. Ela traiu-o com quem não a amava. Ela deixou
de se amar…
Sublime.
Quero ler este! Ass: a tua cunhadinha :)
ResponderEliminarquando quiseres:)
EliminarEu tb ;)
ResponderEliminarO filme também não fica nada a dever ao livro
ResponderEliminarTambém gostei muito.
Eliminartivesse ou estivesse?
ResponderEliminartem razão. Já alterei. obrigada
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